segunda-feira, 11 de julho de 2011

A importância da Educação Ambiental.

Os problemas enfrentados pelos programas de apoio, nas questões ambientais, parecem ondas sucessivas e para conseguirem o efeito desejado, na construção de uma sociedade critica e sensibilizada, envolvem uma articulação coordenada entre todos os tipos de intervenções ambientais. Assim como as medidas políticas, jurídicas, institucionais e econômicas voltadas à proteção, recuperação e melhoria sócio-ambiental, desperta também as atividades no âmbito educativo. Problemas como esse vem confirmar a hipótese da possibilidade de sérios riscos em manter um elevado ritmo de ocupação com invasão e destruição da natureza sem conhecimento implicações para a vida no planeta.

            Em julho de 1972, a Conferencia das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano (CNUAH), conferencia de Estocolmo, elevou o programa da ONU para o Meio Ambiente e a UNESCO a criarem, em 1975, o programa internacional de Educação ambiental – PIEA, e em 1977 foi realizado a primeira conferencia intergovernamental sobre Educação Ambiental, nesta ocasião foram definidas as bases (finalidades, objetivos, princípios, orientadores e estratégias), para o desenvolvimento da Educação Ambiental.

            No tratado de Educação Ambiental para sociedades sustentáveis e responsabilidade global em caráter não oficial, celebrado por diversas Organizações Não Governamentais (ONG’s), na conferencia Rio 92, as mesmas reconheceram a educação como:


Processo dinâmico em permanente construção. Deve, portanto, fomentar a reflexão, o debate e a sua própria modificação. Reconhece, ainda, que a “Educação Ambiental para uma sustentabilidade eqüitativa é um processo de aprendizagem permanente baseado no respeito a todas as formas de vida. (Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global).
 

Assim o sistema jurídico criou o direito ambiental, sistema tecnológico, econômico, político e educativo, pois cada um deles tem sua função. Resta esses sistemas sociais, o desenvolvimento de funções de acordo com as atribuições especificas de cada uma, ou seja, o sistemas tecnológico oferece eco-eficiencia; o econômico, uma economia ecológica, o político uma política verde e o educativo uma educação Ambiental.

Neste contexto onde atuam os sistemas sociais na perspectiva da melhoria ambiental, a educação passa a assumir um lugar de destaque para construir os fundamentos dos cidadãos críticos e da sociedade sustentável, apresentando uma dupla função e essa transição societária iniciara os processos de melhoramento culturais em direção a uma ética ecológica e de melhorias sociais em relação aos indivíduos, grupos e sociedades que se encontram em confronto direto com a natureza e isso tem significado a destruição de ecossistema e degradação da qualidade de vida.

Para Mellows (1972), deveria ocorrer um desenvolvimento progressivo de um senso de preocupação com o meio ambiente, completo e sensível entendimento das relações do homem com o ambiente a sua volta. Já para Minini (2000), a Educação Ambiental deve sensibilizar as pessoas para uma compreensão critica e global do ambiente. Esclarecer valores e desenvolver atividades que lhes permitam adotar uma po0siçao consciente e participativa.

No entanto Dias (2000), acredita que Educação Ambiental seja um processo onde as pessoas aprendem como funciona o ambiente como dependemos dele, como o afetam, os e como promovemos a sua sustentabilidade.De acordo com Vasconcellos (1997), a presença em todas as praticas educativas, da reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seu semelhante é indispensável para que a Educação Ambiental aconteça.    

Vivemos nos dias atuais uma época de acontecimentos estranhos e fatos inusitados que se manifestam em relação ao clima e ao aparecimento de grandes problemas nas áreas produtivas de alimento do planeta. Tais problemas se devem a maléfica influência do modo de vida que a humanidade escolheu para seguir, que promove uma grande pilhagem dos recursos naturais que nosso mundo tem a oferecer e, por isso mesmo, esse mesmo planeta que nos acolheu, tende a tentar “se livrar” de nossa presença como se fossemos um corpo estranho.

Deixamos o planeta fraco e doente e, através de práticas danosas, provocamos a ira da mão natureza e encontramos a encruzilhada de nossas existências. Ou mudamos a forma como exploramos os recursos naturais, e passamos a viver a sustentabilidade ou pereceremos de forma brutal e emersa em nossos próprios resíduos. Essa mudança de rumos; deverá ser traçada através da implementação de programas capazes de promover a importância da educação ambiental e a importância da adoção de práticas que visem a sustentabilidade e a diminuição de qualquer impacto que nossas atividades venham a ter no ecossistema que nos circunda e mantém.

Através de um debate amplo e profundo de nossas necessidades e um correto entendimento de que a forma como atuamos hoje, só nos levará para a destruição e o aniquilamento. Compreender que aplicando uma política que promova a importância da educação ambiental voltada principalmente para a sustentabilidade já nas escolas primárias, criaremos nas novas gerações a devida mentalidade conservacionista e será muito mais fácil implementar políticas que visem à utilização sustentável dos recursos planetários no futuro. No entanto, é necessário que além da educação ambiental ou sustentabilidade ambiental, às práticas contrárias sejam combatidas e punidas rigorosamente já nos dias de hoje.

 Unir o empresariado e convencer as grandes corporações e os produtores rurais de que essas práticas não representarão diminuição de lucro para os seus empreendimentos e sim, em muitos casos, a criação de um importante diferencial que poderá alavancar seus negócios e abrir novas oportunidades de obter uma lucratividade ainda maior do que a atual. Essa prática de convencimento, também se enquadra numa política de educação ambiental voltada para a sustentabilidade. Contudo, o público alvo será muito mais impermeável e reticente quanto à adoção dessas práticas.

Tratando-se de gestores e de grandes empresários, apenas a visão de que poderão lucrar ou reduzir custos atuais será capaz de permitir um convencimento eficiente nesse grupo de indivíduos. Da mesma forma, a aplicação de dispositivos punitivos e uma legislação que trate de forma dura e eficiente os abusos; servirá como amparo para inibir os mais insistentes e menos afetos aos novos objetivos. Muito mais que a simples causa do meio ambiente, a educação ambiental voltada para a sustentabilidade analisa um amplo espectro de fatores que leva em consideração também os indivíduos afetados pelas atividades e ameaças a comunidades sujeitas às conseqüências danosas das práticas predatórias. Assim deve-se também ter em mente que a educação ambiental voltada para a sustentabilidade tem que prever a redução da vulnerabilidade dessas pessoas.

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